A obesidade é uma doença crônica, complexa, multifatorial e de tratamento desafiador. O indivíduo com obesidade tem maior chance de desenvolver outras doenças como por exemplo Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus tipo 2 e Esteatose Hepática. A classificação mais difundida hoje para a sua definição baseia-se no Índice de massa corporal (IMC):
- acima de 30kg/m²: indivíduo com obesidade
- acima de 25kg/m²: indivíduo com sobrepeso
Sabe-se hoje que pequenas perdas de peso já tem impacto significativo na saúde. Cada Kg de peso perdido em pessoas com Pré-Diabetes já reduz risco de Diabetes em 16%. Redução do peso em 5% é capaz de reduzir até 30% dos níveis de Pressão Arterial, em muitos casos reverter a Hipertensão Arterial Sistêmica ou então deixar o seu controle muito mais fácil.
Deste modo, propõe-se uma classificação complementar da obesidade baseada no peso perdido. Indivíduos com perdas acima de 5% do peso máximo da vida (não considerando o período da gestação em mulheres) terão “obesidade reduzida”, e acima de 10%, “controlada”. Para pessoas com IMC acima de 40, os índices mudam: 10% para reduzida e 15% para controlada. Esta é uma forma de colocarmos em perspectiva tanto o caráter crônico da obesidade como a trajetória individual de peso de um paciente, reforçando que o objetivo de um tratamento não é normalizar o IMC, e sim, trazer melhora na saúde e qualidade de vida.