“Prevenir é melhor do que remediar”
Esta frase resume os objetivos da Medicina do Estilo de Vida, que consiste em ajudar pacientes e suas famílias a adotarem e manterem hábitos saudáveis que afetem a saúde e a qualidade de vida.
O visível aumento das doenças crônicas não transmissíveis e seus impactos na qualidade de vida (Obesidade, Diabetes Mellitus tipo 2, Hipertensão Arterial Sistêmica, Dislipidemia, Síndrome Metabólica), produtividade e nos gastos com saúde gerou um movimento de discussão sobre prevenção e promoção da saúde. Nos Estados Unidos esse movimento existe há bastante tempo, onde a Medicina do Estilo de Vida é uma disciplina ensinada há quase duas décadas em grandes instituições, como Harvard. No Brasil vem ganhando forma nos últimos anos com o surgimento do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida.
Seu foco é a saúde, especialmente em estratégias para mantê-la. Baseia-se no equilíbrio entre os 6 pilares fundamentais da saúde:nutrição, atividade física, sono, controle do consumo de substâncias tóxicas, manejo do estresse e relacionamentos saudáveis. A sua abordagem é baseada em evidências científicas e em técnicas motivacionais centradas no paciente como um todo, com o intuito de empoderá-lo, o qual se torna cada vez mais informado e ativo no processo de transformação da saúde. Isto vai além de uma simples prescrição, mas o desenvolvimento de uma relação de parceria entre médico e paciente com o objetivo de transformar positivamente o estilo de vida e a saúde.
A mudança do estilo de vida pode atuar em conjunto com um tratamento médico preexistente ou, em muitos casos, eliminar a necessidade de medicamentos e até mesmo reverter algumas doenças nas quais um estilo de vida ruim foi determinante para o seu aparecimento. Um check-up médico que utilize os princípios da Medicina do Estilo de Vida na sua abordagem, centrado no paciente como um todo, é uma estratégia efetiva na prevenção de doenças.